Lembrei-me de repente... faz hoje um mes, comecei a escrever. E até já considero que posso classificar assim o que faço aqui... escrevo. De tal forma estou a adorar faze-lo que me sinto assim como num namorico adolescente e até acho que isto de cumprir um mes bloguiano é importante. Esclareço no entanto que não estou a ter nenhum ataque psicótico de gaja com pretensões a artista. Não, nada disso!
Apercebi-me que é um mes de escrita mas, já são quase tres meses de TIFA e que foi ela que me pos a escrever. Penso no tempo que passou num instantinho, a correr, como que fugindo das mãos, Como se tivesse que ser assim... tudo rápido, rapidinho. E com tanta pressa no passar do tempo, nem me dei conta mas tanta coisa mudou entretanto em mim, para mim.
Faz quase um ano que virei a minha vida do avesso... tomei decisões e mudei tudo. E esse ano também passou a correr, com uma sucessão de acontecimentos que nem sempre controlei. Lembro-me de uma discussão recorrente com uma pessoa amiga e que sempre me disse que "a vida é o que nós fazemos dela, ponto final". Eu cada vez mais penso... sim, mas tambem será que não é a vida a fazer de nós quem somos? Parece-me um pouco arrogante acharmos que podemos ditar a nossa vida, pois nem tudo depende de nós. Volta e meia tudo muda, tudo está diferente e de repente o caminho que temos de seguir é outro. Há um ano atrás não me imaginava aqui. Há escolhas possíveis e a minha escolha há um ano atrás foi sair de Portugal. Podia ter escolhido ficar mas iria detestar-me... no fim da minha vida só me quero arrepender do que fiz. Nao quero chegar ao fim da estrada e pensar como seria se tivesse feito assim ou assado. Essa não sou eu. Eu só se não puder, de resto eu vou, eu faço e só me quero arrepender do que faço e não do que poderia ter feito. Não tem sido fácil mas tem sido revelador e precisava de chegar aqui porque sinto-me agora a viver. Sei quem sou, reflicto sobre o que fui e estou pronta para avançar, para seguir em frente. Continuo sem saber quando volto para Portugal, mas a qualquer altura pode ser, sem problemas... estou pronta.
2 comentários:
É sinuosa a sombra que somos.
E por muito que a tentemos agarrar,
ela desprende-se, sempre, por entre os dedos.
nelson
meu amoriiiii
deske é mesmo assim... mas ninguem percebe se não passar pelo mesmo. Eu cada vez mais me convenço que conhecer-te foi uma das razões que me trouxe cá... parece que nos conhecemos melhor a nós proprios não é? Que os nossos limites são alargados e que à nossa frente uma imensidão de coisas estão prontas a aparecer. E não podemos ir já... ainda não fizemos o que nos dispusemos a vir fazer cá... sermos nós. Nós no meio dos outros que não se veem sequer. Crescer. Aprender. Viver uma vida que nos foi oferecida... e que está ai prontinha para nos trazer muitas surpresas todos os dias. Deixar a asfixia de Portugal. E de nós proprias...
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