
Local: Café Atlântico, Nampula, Moçambique
Domingo acordei cedo. Oito da manhã e resolvi ir tomar o pequeno-almoço ao café acima citado.
Pouca gente por lá aquela hora. No primeiro andar uma senhora portuguesa, já com uma certa idade e com um ar muito coquete.
Servem-lhe um café. Ela deita o pacote de açucar e começa a mexer com a colher. De repente...
Ela: Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Venha cá se faz favor - diz ao empregado de mesa.
Ele: Sim sinhòra???
Ela: Tenho uma barata no café.
Ele não diz nada. Pega na chávena e afasta-se. Vai para dentro do balcão e com a ajuda dos colegas inspecciona a chávena. Retira o objecto estranho e leva outra vez o café à mesa.
Ele (com a maior das calmas): Sinhòra... naum era barata. Era mosca.
Ela indignada... não lhe parece que faça grande diferença. Desiste de beber o café. Como é possível uma coisa destas?
Eu explico: Por cá, tudo é possível e mais... depois de uns meses em África, tudo, mas mesmo tudo, é natural. Uma barata é natural, uma mosca naturalíssima. Tão verdade, como as mesmas fazerem parte da natureza. É natural não é?
3 comentários:
Quer dizer… natural… é voarem, agora, nadarem em café…
Pronto… se calhar sou eu que não estou habituado. Mas se provasse era capaz de gostar.
Beijinho
O quadro é lindíssimo; Quanto à mosca ser oferta da casa a única questão verdadeiramente importante é saber se a mosca tinha as vacinas em dia.
pinoka, eras capaz de gostar?!?!?! Olha... eu nem quero ser capaz disso. Basta-me a capacidade de achar isto natural. DIspensava. :)
daniel conceição, pois... então não é que a mosca se tinha esquecido do boletim de vacinas em casa? ;)
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